10/04/2015 / Fonte: Diário da Manhã
Em razão do crescente número de comerciários vítimas de assaltos e roubos, em seus próprios estabelecimentos comerciais, a categoria decidiu entrar num embate na Convenção Coletiva de Trabalho para criação de um seguro obrigatório para comerciantes. Felizmente, os empresários se sensibilizaram e conseguimos essa vitória, em abril de 2014.
Agora, os comerciários vítimas de roubos e assaltos em seus estabelecimentos comerciais terão a devida cobertura, extensiva aos maridos, mulheres e filhos. E a empresa que não estiver fazendo o seguro e, porventura, o seu trabalhador vier a ser acometido de acidente ou vier a falecer decorrente de assalto, durante o trabalho, terá que pagar a devida cobertura do seguro, bem como a multa convencional.
Só para se ter ideia da grande exposição dos comerciários a roubos e assaltos, somente no primeiro trimestre de 2015, foram registrados 889 casos de roubos a estabelecimentos comerciais no Estado, sendo 275 em Goiânia. Em 2014, o registro da Secretaria de Segurança Pública anotou 1.233 casos no Estado e 443 na Capital.
Foram 58 comerciários que morreram, sendo que boa parte deles vítimas de violência.
Como se vê a exposição do comerciário a todo tipo de violência é muito grande e, da mesma forma, a quantidade de assaltos. Graças a Deus, os empresários se sensibilizaram com nossa solicitação e o seguro de vida obrigatório para comerciantes foi criado na Convenção Coletiva de Trabalho de 2014, com vigência a partir do mês de abril. Cada apólice custa R$ 5,98 por mês e quem paga é o patrão.
Os comerciários estão comemorando essa conquista, haja vista que são mais de 50 mil, ou seja, uma das maiores categorias de trabalhadores no Estado de Goiás. De nossa parte, vamos continuar trabalhando com determinação pelo fortalecimento da categoria comerciária.
(Eduardo Genner de Sousa Amorim, presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio no Estado de Goiás – Seceg)