26/02/2015 / Fonte: CQCS | Sueli dos Santos
A grande dimensão do Brasil exigem uma dinâmica de vendas diferente para cada região. Ser Corretor de Seguros na região sul é diferente de ser Corretor na região amazônica, por exemplo. Agora imagine atuar em uma cidade pequena.
O Corretor Edson Antonio Farias sente isso na pele. Ele fica na cidade de Cajazeiras, na Paraíba, e conta que uma das maiores dificuldades é a distância das seguradoras. O que o impede de participar de treinamentos e palestras presenciais. “A internet aproxima, mas os sindicatos precisam elaborar ações e dinâmicas que cheguem aos Corretores do interior do estado, muitas vezes não participamos dessas iniciativas por conta da distância”, lamenta. A seguradora mais próxima está a mais de 400 quilômetros da sua cidade.
Problema semelhante vive o Corretor de Paulo Afonso, na Bahia, Fernando Sandes. Para ele, a distância das seguradoras atrasa a regulação dos sinistros, porque muitas vezes a autorização para liberar um serviço, por exemplo, pode chegar a demorar 15 dias.
Em Cajazeiras, Edson sente falta da troca de informações com Corretores de porte maior. “Sabermos das novidades do mercado, das tendências e também trocar experiências é muito importante”, diz.
A distância dos grandes centros também contribui para a falta da cultura do seguro. Os profissionais relatam que os clientes acabam fazendo seguro não porque conhecem o produto, mas porque alguém sugeriu ou mesmo pelo trabalho dos Corretores. “Muitas vezes, eu ligo para o meu cliente dizendo que vou enviar o serviço de chaveiro, encanador ou eletricista porque ele não lembra que tem direito ao serviço”, diz Farias.